segunda-feira, 26 de outubro de 2009
OBJETO INTERATIVO
OUTRAS OBRAS DE FOERSTER
- PANORAMA, 2007, Musee d'Art Moderne de la Ville de Paris/ ARC, Paris: “Panorama” é, como o nome o indica, uma versão contemporânea dos panoramas do século XIX que dá a ver uma visão luminosa e noturna dos grandes aglomerados urbanos do planeta. Exercício paradoxal de planificação do globo e tridimensionalização do planisfério. O panorama constitui-se de um corredor circular de reflexos ao qual não escapa a imagem do espectador.
- BAHIA DESORIENTADA, 2005, Barbican centre, London: A instalação consiste num filme com trilha sonora de Arto Lindsay e imagens da praia da Ribeira em Salvador explora a identidade da Bahia e o significado da música na Tropicália. O trabalho faz parte de um grupo de obras intitulado Tropicale Modernité.
Dominique Gonzalez-Foerster
terça-feira, 6 de outubro de 2009
INHOTIM
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Visita ao OI FUTURO
CASA DO BAILE A FLOR DA PELE
Percebemos daí a essência do nosso novo trabalho. Uma tentativa de reflexão sobre as diferenças. Sobre as memórias, os diálogos entre nós e o ambiente que nos cerca, e o que deles fica realmente em nós.
Usamos das diferenças de cada um, das lembranças que nos marcaram (imagens sobre nossos corpos) que em cada experiência é completamente diferente. Que o que fica em nós também sofre deformações, dependendo das individualidades (no caso, dependendo de cada corpo - dos integrantes do grupo - e posição em que a imagem da Casa do Baile é projetada). Tentamos mostrar interações entre pessoas e espaços e como cada um interfere nessa imagem para si.
Usamos de duas dinâmicas: no primeiro momento projetamos as imagens e tentamos interagir com elas, algo como mergulhar na projeção. Já no segundo momento fizemos com que as imagens ‘se desdobrassem’ para mergulhar em nós. Outro fato interessante foi que, inicialmente quase que sem-querer, tridimensionamos imagens que estavam planas. Ou seja, revertemos o processo da fotografia e a fotografamos de novo, o que deu um resultado interessante.
Na montagem do panorama propriamente dito, fomos influenciadas por David Hockney e suas polaróides e pelo trabalho mostrado em uma aula, que foi usado no site de um bailarino. Usando fotos de alta qualidade tentamos disponibilizar maior interação ao trabalho, dando ao observador a opção de ver em boa resolução - através do uso de zoom- uma foto que a princípio estava fora do seu alcance, ou do seu entendimento. Também na montagem, tentamos aproveitar ao máximo as linhas orgânicas dos nossos corpos, pra enfatizar as curvas de Niemeyer; além das cores dos jardins de Burle Marx com bastante contraste e a formação de “ilhas de cores”.
A nossa grande dificuldade e preocupação na edição do trabalho foi que, ao utilizar fotos de nossos corpos semi-nus, o trabalho não ficasse apelativo e nem que nos sentíssemos expostas - o que foi um dos maiores desafios, abdicamos no processo de fotos que ficaram fantásticas.
Pretendíamos fazer um trabalho maior, com muito mais fotos, mas o prazo curto não possibilitou. Esperamos que esse material, e técnica, sirva de base para outros projetos.
Objeto Físico
Bons tempos... em que as bolinhas ainda subiam!
domingo, 13 de setembro de 2009
TRABALHO CASA DO BAILE 2
- Luiza Moura: A idéia de representar os diferentes olhares sobre a Casa do Baile através dos reflexos nos óculos, fez com que este panorama se diferenciasse dos demais, adiquirindo um toque de originalidade. As imagens das lentes sobre o panomara original mostra como são diferentes os pontos de vista de cada pessoa em relação ao local, cada um é atraído por um aspecto diferente. As curvas formadas pelo óculos, bem como a frase ao longo do panorama, evidenciam a proposta de Niemeyer.
- Yumi Faraci: O panorama de Yumi retrata desde sonhos e idéias de Niemeyer, a representações de aspectos lhe chamaram a atenção. A estampa da mureta fundida com a lagoa foi a parte de seu panorama que mais me atraiu. Os vários e diferentes aspectos evidenciados por Yumi, como o texto, os croquis e as lâmpadas, além do uso de ferramentas do photoshop, como contrastes e diferentes filtros, contribuiu para um panomara muito bem feito.
- Luciana Rattes: Um panorama nada convencional, já que não foi feito a partir de uma sequência de imagens e um só ponto de vista. Luciana preferiu fazer uma "mistura" de tudo o que mais gostou, através de filtros e contrastes, unindo assim as diferentes sensações proporcionadas por todas essas imagens. Um panorama que sem dúvida foi muito trabalhoso, mas todo o esforço valeu a pena, pois o resultado um cenário diferente e muito criativo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
PANORAMA CASA DO BAILE
As ideias de Burle Marx constituem-se, basicamente de jardins de formas curvas, com vegetação nativa - inclusive plantas aquáticas -, criando manchas verdes, valorizando contraste de cores, texturas, volumes, flores. As modificações do meu panorama foram baseadas em tais idéias. Com a ajuda do photoshop, pude mudar a textura da grama, dar um tom espelhado a lagoa, e, principalmente modificar e/ou acentuar a maioria das cores do panorama. o uso exagerado de contraste foi feito em todo o panorama para que as cores fossem mais realçadas e o panorama ganhasse mais vida. A posição da câmera ao tirar as fotos, na mureta de azulejo, foi devido ao fato de este ser o local em que eu fiquei a maior parte do tempo quando fizemos nossa primeira visita à casa do baile com a toda a sala. De lá, tem-se uma ampla vista da lagoa, e uma bela vista do jardim, a parte mais colorida da casa, e na minha opinião, a mais bonita.
“Nossos jardins, até os anos 1940, seguiam modelo europeu, que tem vegetação mais domada, usando as plantas para criar formas geométricas ou escultóricas, como na Praça Raul Soares. Burle Marx desconstruiu essa configuração, criando espaços mais dinâmicos, que procuram reconstituir os ambientes naturais”, explica o arquiteto e urbanista Ricardo Lana.