segunda-feira, 26 de outubro de 2009

OBJETO INTERATIVO

Meu objeto consiste em 2 cubos, um dentro do outro. Meu circuito, que aciona um buzzer e alguns LEDs, é acionado através de reed switches e LDRs e foi montado sobre a superfície do cubo interior. As paredes do cubo externo foram cortadas no local onde se encontram os LEDs, reed switches e LDRs, para que estes possam ser acionados pelas "chaves" que fazem parte do objeto. São 2 chaves que encaixam nos "buracos" feitos no cubo: uma delas é uma lanterna, usada para acionar os LDRs, aumentando ou diminuindo a intensidade dos LEDs e do buzzer, e a outra é um imã, usado para ativar o circuito ao entrar em contato com os reed switches no cubo de dentro. O cubo externo foi decorado com tintas de cores fortes, brilhos e fios. A intenção era representar os conceitos de interatividade e tecnologia, assim como expressar as idéias adquiridas durante as aulas e o processo de criação.


OUTRAS OBRAS DE FOERSTER


  • PANORAMA, 2007, Musee d'Art Moderne de la Ville de Paris/ ARC, Paris: “Panorama” é, como o nome o indica, uma versão contemporânea dos panoramas do século XIX que dá a ver uma visão luminosa e noturna dos grandes aglomerados urbanos do planeta. Exercício paradoxal de planificação do globo e tridimensionalização do planisfério. O panorama constitui-se de um corredor circular de reflexos ao qual não escapa a imagem do espectador.



  • BAHIA DESORIENTADA, 2005, Barbican centre, London: A instalação consiste num filme com trilha sonora de Arto Lindsay e imagens da praia da Ribeira em Salvador explora a identidade da Bahia e o significado da música na Tropicália. O trabalho faz parte de um grupo de obras intitulado Tropicale Modernité.


Dominique Gonzalez-Foerster


Nasceu em Estrasburgo em 1965. Vive e trabalha entre Paris e Rio de Janeiro. As obras de Dominique Gonzalez-Foerster provocam a experiência da memória e do espaço. Suas obras multimídia se desdobram no espaço e criando sensações e atmosferas, inspiradas em suas viagens pela América Latina e pelo Japão. É uma artista que imcorpora referências da arquitetura, do cinema de Antonioni d John Woo e da filosofia de Foucault. Em seus primeiros trabalhos, criava espaços biográficos que chamava de "chambres" (quartos), para tratar de identidades.

"Promenade" é um trabalho sonoro instalado em uma grande sala da galeria MATA em inhotim. Um de seus principais objetivos é provocar um impacto na percepção do espectador. Segundo Foerster, "Trata-se de um ambiente puramente sonoro que funciona como uma longa sequência cinematográfica sem imagens. É a dimensão do espaço que garante a experiência. Ou seja, a aparição de imagens, recordações e visões ligadas à chuva". A instalação foi exposta pela primeira vez em Paris, em 2007, e já passou pelo Museu de Arte Contemporânea de Léon, na Espanha, e pelo Guggenheim, em Nova York.





terça-feira, 6 de outubro de 2009

INHOTIM





Um dia, definitivamente, não é suficiente para conhecer todos os pontos de inhotim. O conjunto de artistas cujas obras são mostradas no museu reunem o melhor da arte moderna no mundo. É uma mistura de sensações gerada em cada galeria, sensações estas que variam de acordo com a experiência de cada um. Foi difícil escolher o artista que mais gostei para fazer a pesquisa, em meio a tantos excelentes trabalhos. Levando em consideração o fator das sensações, resolvi escolher o artista cuja obra me causou maior impacto: Dominique Gonzales.A obra se encontra na galeria MATA, e se trata de uma ampla sala com isolamento acústico e pouca iluminação, causando um ar embaçado no lugar. Adicionado a tudo isso, o som de chuva ajuda a proporcionar uma sensação muito relaxante.




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sketch up OI FUTURO

Visita ao OI FUTURO





O oi futuro é um espaço muito interessante que mostra a trajetoria e os avanços das telecomunicações, tudo através de um sistema prático que possibilita que cada um escute e assista o que quiser, no tempo em que quiser, sem atrapalhar os outros visitantes. O museu também apresenta diferentes formas de interagirmos com inténs em exposição, fazendo o uso de incríveis tecnologias. Eu, particularmente, adorei a sala da linha do tempo, que mostra um pequeno resumo dos principais acontecimentos do ano em que escolhemos. Foi o espaço no qual eu passei a maior parte do tempo, e por isso resolvi fazer o meu objeto do sketch up baseado nele.




CASA DO BAILE A FLOR DA PELE


Chegou a hora de fazer um panorama em grupo. De unir diferentes idéias, pontos de vista e exigências. De extrair o máximo daquele ambiente já tantas vezes explorado por nós, atrás de algo que fosse realmente bacana de ser mostrado. Juntar a arquitetura e o paisagismo aos nossos olhares - tão diferentes. Registrar a experiência de cada um em seu trabalho anterior influenciando tanto nesse novo olhar. Com novas surpresas a cada visita.
Percebemos daí a essência do nosso novo trabalho. Uma tentativa de reflexão sobre as diferenças. Sobre as memórias, os diálogos entre nós e o ambiente que nos cerca, e o que deles fica realmente em nós.
Usamos das diferenças de cada um, das lembranças que nos marcaram (imagens sobre nossos corpos) que em cada experiência é completamente diferente. Que o que fica em nós também sofre deformações, dependendo das individualidades (no caso, dependendo de cada corpo - dos integrantes do grupo - e posição em que a imagem da Casa do Baile é projetada). Tentamos mostrar interações entre pessoas e espaços e como cada um interfere nessa imagem para si.
Usamos de duas dinâmicas: no primeiro momento projetamos as imagens e tentamos interagir com elas, algo como mergulhar na projeção. Já no segundo momento fizemos com que as imagens ‘se desdobrassem’ para mergulhar em nós. Outro fato interessante foi que, inicialmente quase que sem-querer, tridimensionamos imagens que estavam planas. Ou seja, revertemos o processo da fotografia e a fotografamos de novo, o que deu um resultado interessante.
Na montagem do panorama propriamente dito, fomos influenciadas por David Hockney e suas polaróides e pelo trabalho mostrado em uma aula, que foi usado no site de um bailarino. Usando fotos de alta qualidade tentamos disponibilizar maior interação ao trabalho, dando ao observador a opção de ver em boa resolução - através do uso de zoom- uma foto que a princípio estava fora do seu alcance, ou do seu entendimento. Também na montagem, tentamos aproveitar ao máximo as linhas orgânicas dos nossos corpos, pra enfatizar as curvas de Niemeyer; além das cores dos jardins de Burle Marx com bastante contraste e a formação de “ilhas de cores”.


Tentamos porem uma abstração não completa, fazendo uma alusão a um panorama 'retíilíneo" da Casa do Baile, colocando textura de chão e plantas em baixo; construção, árvores e lagoa no meio e tons de azul - de céu, azulejos e até mesmo água - em cima. Mas foi dícifil dar a unidade que queríamos ao resultao final, não foi tão fácil agrupar as fotos por 'tema'.


O acervo de fotos utilizadas foi de cerca de 600, todas tiradas pelos integrantes do grupo nas diversas visitas feitas ao local. Com uma preocupação estética, utilizamos a imagem projetada sobre a pele e mais imagens de texturas e cores – que nos proporcionavam fotos com composições mais agradáveis.
A nossa grande dificuldade e preocupação na edição do trabalho foi que, ao utilizar fotos de nossos corpos semi-nus, o trabalho não ficasse apelativo e nem que nos sentíssemos expostas - o que foi um dos maiores desafios, abdicamos no processo de fotos que ficaram fantásticas.
Pretendíamos fazer um trabalho maior, com muito mais fotos, mas o prazo curto não possibilitou. Esperamos que esse material, e técnica, sirva de base para outros projetos.